Visão do CEO

Quais as novas configurações das relações trabalhistas?

Por EDC Group | Publicado em 28/04/2022
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No meu último artigo ressaltei faríamos uma discussão positiva e saudável sobre a mudança do vínculo empregatício. Afinal, quais as novas configurações de contratação no mundo corporativo? O que é mais viável para a empresa – contar com funcionários em modelo PJ ou com carteira assinada?

Todos nós sabemos que as necessidades de satisfação e propósito profissional do colaborador passaram a ser pontos extremamente importantes nas relações de trabalho, portanto, as empresas precisam compreender que para extrair o máximo de produtividade também é preciso oferecer como contrapartida um ambiente saudável de crescimento de fala, permitindo que cada profissional contribua com a sua criatividade, não apenas sigam manuais e processos engessados que podem ser assumidos por máquinas.

Eu sempre bato na tecla que o regime CLT é uma conquista histórica na formalização de regras e leis trabalhistas. Por isso que, o caminho é criticar e melhorar a legislação, e não a abandonar e deixar com que o trabalhador fique de alguma forma sem proteção.  Sabemos que nas relações de trabalho existe um desequilíbrio de forças entre patrões e funcionários, por isso seguir uma lei que organiza o formato de trabalho é crucial. Ainda mais quando contamos com um mercado de trabalho organizado e formalizado, regido por leis, que se torna mais rígido, com mais proteções e benefícios para os trabalhadores.

Voltando um pouco no tempo. Em 1940, quando a CLT foi a criada, a realidade do mercado de trabalho era outra, hoje o mundo do trabalho e as relações empresa e funcionário tomaram outros caminhos, e infelizmente a legislação não acompanhou essa mudança. Contudo, não considero correto seguir por este caminho de abandonar a CLT e partir para um modelo de “pejotização”. A meu ver, modernizar a lei e refletir o contexto das relações trabalhistas atuais é o mais prudente para todos – tanto para empresa quanto para o e colaborador.

Quando me deparo com empresas propondo a modalidade PJ e oferecendo aos seus funcionários benefícios como férias, 13º salário e obrigações como controle de horário e hierarquia de cargos impostas pela CLT, o único argumento a favor do modelo PJ é “paga-se menos impostos” e a “empresa vai lhe repassar esses impostos como salário”, pode ter certeza de que é um negócio que pode não dar certo para o profissional. Vale ressaltar que não se combate a carga tributária elevada com truques fiscais para se pagar menos impostos.

Eu sempre me pergunto: se a empresa vai pagar pensão para o resto da vida para a viúva de um funcionário, ou se vai pagar auxílio saúde vitalício para um colaborador que caiu de moto no trajeto para o trabalho e perdeu a mobilidade. Pode ter certeza de que não vai! Todos esperam que o governo faça esse pagamento, mas ninguém quer pagar os devidos impostos para isso.

Com um cenário cada vez mais volátil e a conscientização do indivíduo sobre de fato tomar as rédeas da própria carreira, as empresas passam a oferecer mais condições de trabalho do que apenas um bom salário. Os funcionários tornam-se protagonistas de suas carreiras e nesse cenário o modelo PJ permite padrões de trabalhos mais flexíveis, onde é possível escolher os projetos que deseja atuar e negociar um valor para o trabalho realizado.

Veja que aqui estamos falando de uma prestação de serviço, de uma relação clara de alguém que oferece um trabalho a um preço e do outro lado alguém que precisa daquele serviço. O modelo PJ funciona bem quando se tem claro uma relação de prestação de serviço, onde há uma entrega e um objetivo claro. A relação é centrada no que foi acordado para ser entregue e não no controle de horas trabalhadas.

A pandemia do COVID provocou essa disrupção do trabalho presencial. As empresas e funcionários tiveram que rapidamente se adaptar “por força maior” a um modelo de trabalho à distância onde o que de fato contava era ter os resultados entregues e não necessariamente controlar em que horas ele foi realizado.

Essa visão do trabalho abre espaço para uma nova discussão sobre o modelo de trabalho PJ. Se este for construído, adotando a premissa de cumprir um objetivo e realizar uma entrega, então ele tem futuro e pode trazer muita flexibilidade para as empresas e profissionais. Neste novo modelo eu acredito. Agora, se ele seguir como uma forma de baratear o custo trabalhista e fugir do pagamento de impostos, seguirá sendo nocivo para todos: empresas, funcionários e sociedade. Sendo assim, seguirei preferindo a CLT.

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Geração Z no mercado de trabalho: o que aprendemos no primeiro EDC Insights

No dia 06/07/2025 a EDC Group deu início ao EDC Insights, uma iniciativa criada para compartilhar conhecimento, aproximar ainda mais nosso público e fomentar debates sobre os temas que estão moldando o futuro do trabalho. E para começar com o pé direito, escolhemos um assunto urgente e atual: os desafios da Geração Z no mercado de trabalho.

Transmitido ao vivo e com participação ativa do público, o evento teve mediação de Daniel Campos, CEO da EDC, e Bruna Paleari, nossa Gerente de RH, além de convidados muito especiais: três jovens profissionais da Geração Z, que trouxeram suas vivências e perspectivas sobre o mundo corporativo.

Ao longo da conversa, ficou evidente que atrair e reter talentos da Geração Z exige escuta ativa, ambiente saudável e oportunidades reais de crescimento.

Entre os pontos mais marcantes da discussão, destacam-se:

  • Autenticidade importa: os jovens valorizam empresas com propósito claro, comunicação transparente e espaço para serem quem são.
  • Cultura organizacional é tudo: um bom salário pode atrair, mas um ambiente acolhedor, diverso e com liderança empática é o que realmente mantém esses talentos por perto.
  • Desenvolvimento constante: a Geração Z quer aprender, crescer e ser desafiada. Programas de capacitação, feedbacks construtivos e plano de carreira são diferenciais decisivos.
  • Flexibilidade e qualidade de vida: modelos de trabalho mais flexíveis, que respeitam a individualidade e promovem equilíbrio, são altamente valorizados.
     

Durante o bate-papo, Bruna também compartilhou estratégias importantes para lidar com a alta rotatividade — um dos grandes desafios enfrentados por empresas hoje. Segundo ela, tudo começa pela escuta e pela compreensão das novas expectativas que essa geração traz para o mundo do trabalho.

O primeiro EDC Insights foi um sucesso e marcou o início de uma série de encontros que prometem trazer ainda mais reflexões relevantes para o universo do RH e da gestão de pessoas.

Mais do que uma simples live, esse evento inaugurou um novo canal de diálogo com nosso público, onde conhecimento, experiência e diferentes gerações se encontram para construir o futuro do trabalho.

Fique ligado: em breve, teremos novas edições com temas atuais e convidados especiais. Nos vemos no próximo EDC Insights! 
 

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Consumo consciente: como pequenas escolhas no dia a dia corporativo fazem a diferença

O consumo consciente é uma das bases para a construção de sociedades mais sustentáveis. Trata-se de fazer escolhas que considerem, além das necessidades imediatas, os impactos sociais e ambientais gerados.

Nas empresas, essa prática é essencial para minimizar desperdícios, reduzir a geração de resíduos e fortalecer o compromisso com a agenda ESG.

No ambiente corporativo, o consumo consciente se manifesta em diversas atitudes que, quando somadas, têm um grande impacto positivo. Entre as principais ações que podem ser adotadas, destacam-se:

  • Priorizar fornecedores e parceiros que seguem práticas sustentáveis.
  • Reduzir o uso de materiais descartáveis, substituindo-os por opções reutilizáveis.
  • Adotar a política de impressão consciente, optando por meios digitais sempre que possível.
  • Estimular a economia de energia elétrica, com a utilização de lâmpadas LED e desligamento de equipamentos fora de uso.
  • Promover campanhas internas de conscientização sobre o consumo responsável.


Essas ações, além de reduzirem o impacto ambiental, podem gerar economia financeira e promover um ambiente organizacional mais colaborativo e comprometido.

A incorporação de práticas de consumo consciente no dia a dia das empresas é um passo essencial para a construção de um modelo de negócios mais sustentável e ético.

Na EDC Group, incentivamos constantemente nossos colaboradores e parceiros a repensarem hábitos e escolhas, sempre em busca de soluções que respeitem o meio ambiente e fortaleçam a responsabilidade social.
 

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A importância da economia de água nas empresas: responsabilidade e sustentabilidade

A água é um recurso natural essencial para a vida e para o funcionamento de diversos setores produtivos. No entanto, o desperdício e a má gestão desse recurso colocam em risco a disponibilidade de água potável para as futuras gerações.

Empresas de todos os portes e segmentos têm um papel decisivo na promoção do uso responsável da água, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e fortalecendo seu compromisso social.

A gestão eficiente dos recursos hídricos é parte fundamental das práticas ESG (Ambiental, Social e Governança). Além de minimizar os impactos ambientais, adotar medidas de economia de água pode gerar redução de custos operacionais e melhorar a imagem da empresa perante clientes, parceiros e investidores.

Algumas práticas simples, mas eficazes, podem ser implementadas no ambiente corporativo, tais como:

Manutenção preventiva de encanamentos e equipamentos para evitar vazamentos.

Instalação de torneiras e descargas com sistema de economia.

Sensibilização e treinamento de colaboradores sobre a importância do uso consciente da água.

Captação e reuso de água da chuva para atividades que não exigem água potável, como jardinagem e limpeza.

A redução do consumo de água é também uma forma de enfrentar os desafios das mudanças climáticas e contribuir para a preservação dos ecossistemas.

Ao incorporar políticas de uso racional da água, as empresas não apenas demonstram responsabilidade socioambiental, mas também se posicionam como agentes de transformação rumo a um futuro mais sustentável.

Na EDC Group, acreditamos que cada atitude conta e seguimos reforçando o compromisso com práticas que preservam o meio ambiente e promovem o bem-estar coletivo.

 

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