Visão do CEO

Semana de quatro dias: será que esse modelo é adaptável a realidade de trabalho do Brasil?

Por EDC Group | Publicado em 14/09/2022
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Rolando o feed do LinkedIn você já deve ter se deparado com alguma notícia ou post sobre a jornada de trabalho reduzida, ou semana de quatro dias. Priorizando o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, mas sem perder de vista a produtividade, diversas empresas em todo o mundo decidiram adotar a semana com apenas quatro dias úteis de trabalho. Essa adoção está sendo muito bem aceita entre os funcionários, afinal, quem não gostaria de tirar uma folga remunerada no meio da semana? No entanto, você já parou para pensar se esse modelo é adaptável para a realidade de trabalho do Brasil?

Especialmente após a retomada aos postos de trabalho em decorrência da redução da pandemia, muitas companhias compreenderam que as prioridades e objetivos das pessoas mudaram e, com isso, a forma como enxergam suas funções também.

Por isso, priorizar e garantir mais autonomia para os funcionários tocarem suas vidas fora das empresas é uma atitude que impacta diretamente a produção e engajamento dos times. Essas mudanças foram observadas na pesquisa realizada pela EDC Group, onde 62,3% dos entrevistados relataram estar mais focados em oportunidades que facilitam o equilíbrio entre o trabalho e atividades pessoais, como a prática de exercícios.

No entanto, para colher os bons frutos dessa mudança o empregador precisa dispor de um time maduro que entenda e domine absolutamente todas as suas atribuições, de forma que seja possível medir a produtividade por meio das entregas e não pelas horas trabalhadas. O grande desafio da difusão desse modelo no Brasil é que estamos muito mais habituados a entregar nossas horas trabalhadas do que de fato entregar produtividade e resultado.

Além disso, trabalhar apenas quatro dias não significa deixar de fazer o trabalho de um dia. Para isso é preciso ter um bom senso de organização e prioridade, de forma que seja possível entregar todas as demandas da semana em um período de tempo reduzido. O que é perfeitamente possível com uma boa gestão e domínio do trabalho desempenhado.

Uma pesquisa do site de empregos Indeed, divulgada em junho, afirma que 85% das pessoas entrevistadas consideram que a semana de quatro dias úteis seria útil para melhorar a saúde mental. Para 86% dos participantes, a jornada reduzida traria um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Já outros 75% dos trabalhadores concordariam em aumentar suas horas diárias de trabalho para terem uma semana de quatro dias.

Com a alta aceitação desse modelo de trabalho, acredito que no Brasil essa implementação acontecerá muito mais por necessidade do que de fato pela reestruturação das crenças e hábitos de trabalho. Áreas com grande procura de profissionais como a de TI, por exemplo, devem passar a adotar a semana de quatro dias para atrair novos talentos em meio a escassez de mão de obra.

Embora a redução traga muitos benefícios, é preciso compreender que não é como um final de semana estendido. As empresas enxergam essa reformulação enquanto uma pausa no meio da semana para descansar, organizar as ideias e voltar mais disposto e criativo. Por isso, ao contrário do que muitos pensam, as pausam acontecem no meio da semana, geralmente de quarta-feira.

De forma prática, no Brasil essa adoção deve acontecer de forma mais lenta, afinal, trabalhos mais ’’independentes’’ facilitam essa implementação, diferente da nossa cultura organizacional que tende a separar funções por etapas nas quais um trabalhador depende do outro para concluir uma tarefa. Ou seja, quando mais assíncrono for a sua função, mais fácil será de adaptá-la ao modelo de quatro dias.

Outro ponto importante sobre a redução da semana de trabalho é entendermos que esse benefício não pode estar atrelado somente ao nível e qualificação do trabalho. Trabalhadores braçais e de diferentes setores também são impactados com os benefícios desse modelo, por isso, não faz sentido excluí-los dessa reformulação, tampouco elitizá-la.

Nos últimos dois anos, evoluímos muito na forma como trabalhamos e enxergamos essa relação. A semana de quatro dias faz parte dessas reestruturações que estão sendo feitas para mantermos nossas vidas e atividades mais equilibradas. Com certeza, nos próximos anos teremos ainda mais mudanças e adaptações que favorecem esse relacionamento entre empresas e funcionários, garantindo maior produtividade e felicidade para os trabalhadores. E você o que pensa sobre esse assunto?

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Cuidado com os deslizes: erros comuns ao se candidatar a uma vaga

Você se candidata a diversas vagas, sente que tem o perfil, mas não recebe retorno. Soa familiar? Muitas vezes, o problema não está na sua experiência ou nas suas habilidades, mas em pequenos erros que passam despercebidos — e que podem custar sua vaga.

Aqui na EDC, analisamos diariamente centenas de candidaturas, e sabemos bem o que pode eliminar um candidato antes mesmo da entrevista. Veja os deslizes mais comuns:

E-mails com erros ou pouco profissionais: Endereços como "gatinha1998@" ou com erros de digitação dificultam o contato e passam uma imagem pouco profissional. Prefira e-mails com seu nome, como “joao.silva@”.

Currículos desatualizados ou confusos: Informações duplicadas, excesso de dados ou falta de clareza atrapalham a leitura. Um bom currículo é direto, bem formatado e adaptado à vaga. 
Se precisar de ajuda, a EDC Group conta com um suporte de Inteligência Artificial exclusivo para revisar seu currículo de forma rápida e gratuita.
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Falta de preparo na entrevista: Responder de forma vaga, não conhecer a empresa ou parecer desinteressado pode te tirar da disputa. Nosso Simulador de Entrevista te ajuda a se preparar e se sentir mais confiante para encarar qualquer processo.

Falta de foco ao se candidatar: Atirar para todos os lados demonstra falta de estratégia. Leia a descrição da vaga, veja se você se encaixa e personalize seu currículo com base nisso.

Palavras-chave estratégicas — ou a falta delas: Muitos processos seletivos utilizam sistemas automatizados (ATS – Applicant Tracking Systems) que fazem uma triagem inicial dos currículos antes de chegarem aos recrutadores. Se o seu currículo não contiver as palavras-chave corretas — aquelas presentes na descrição da vaga — ele pode ser descartado sem ser lido por um recrutador humano. Para otimizar, leia com atenção a descrição da vaga, identifique os termos mais usados (como competências, ferramentas e qualificações) e inclua-os de forma natural no resumo, na experiência e nas habilidades.

O processo seletivo é a sua vitrine. Pequenos cuidados podem te colocar em destaque. Se você quer aumentar suas chances de sucesso, aproveite os recursos da EDC Group: com o apoio dos nossos agentes de IA, você pode revisar seu currículo, se preparar para entrevistas e se apresentar da melhor forma possível.
 

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